terça-feira, 10 de maio de 2011

Jel - Alta Definição

Quando conheci as músicas dos Homens da Luta pensei: "Sim, é simpático!" Não conhecia o "Vai Tudo Abaixo". Gostava bastante de "O Pelaneta Azul" pela minha grande sensibilidade para com as questões ambientais. Reconhecia-lhes a grande e bela ousadia de manifestarem-se em protestos reais e achava que era algo de romanesco que já não existe nestes tempos. 
Quando me contaram que ganharam o festival da canção pensei: "E... que chunga, estão lá cantores a fazerem aquilo a sério, para quem é um sonho e eles vão para lá na palhaçada e ganham pá..." Tive a curiosidade de ver a redifusão do programa e mudei de opinião. Surgiu-me o seguinte pensamento: "Isto é a sério!" Adorei a atitude deles! Adorei ver o Vítor Norte vir a correr felicitá-los. Adorei eles apelarem à participação à manifestação do 12 de Junho - Geração à Rasca (deixei aqui um post acerca deste evento).
Também gostei muito da música que é genuína, simples, autêntica e alegre!!
Visionei no YouTube a primeira conferência dos Homens da Luta em Dusseldorf (http://www.youtube.com/watch?v=hKrSnJIKT_U&feature=related) e achei simlesmente fenomenal! Vejam! Foram gigantíssimos de saber estar, saber falar, saber seduzir. Foram inteligentes! 
Senti orgulho do povo do meu país. Nós, portugueses, somos assim. Genuínos, simples, autênticos, sonhadores, livres, fortes e lutadores. Temos nos esquecido muito daquilo que temos de bom. Temos nos esquecido que temos uma história que faz de nós lutadores que sorriem na adversidade, que fomos os descobridores que desafiaram os mares bravos, que fomos pioneiros em grandes feitos históricos como a abolição da escravatura e da pena de morte.
Depois vi o Jel (ou o Nuno) no "Alta Definição". Diria que em outros tempos ele teria sido ouvido e estudado. Ele explica perfeitamente o caminho e o sentido da vida (o Caminho do Yoga). Que tudo tem de vir de dentro de nós para fora para tornar isto tudo mehor. Reconheci-me inteiramente no discurso dele, na sua rebeldia, na sua liberdade, na sua relação com o avó, na sua consciência, na sua responsabilidade, na sua ligação à vida. 
Resolvi escrever este artigo porque o Jel foi uma inspiração para mim, uma esperança, um sinal que me diz que estou certa e que não me devo desviar do meu caminho. Que a minha forma de encarar a vida não é uma utopia duma sonhadora doutros tempos. Que não sou a única. Que a ambição de posse material para se mostrar que se é alguém está errada. Que ter como única ambição ser feliz e tornar os outros felizes não é utópica nem irrealizável. Que só o que sinto explica o que faço. Que viver é apenas amar. Que tudo ainda é possível!
Obrigada Jel!
Força Homens da Luta!
E lutem Camaradas!

NAMASTÉ!

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