"O CORPO SUBTIL - O CAMPO DA MENTE
(...) Shankara vai mais longe, ao pretender que reconheçamos que os componentes do nosso corpo subtil são apenas coberturas da alma.
Segundo este esquema, a mente é o repositório das impressões sensoriais. Quando ouvimos um som, vemos uma paisagem, sentimos ums sensação, saboreamos um paladar ou cheiramos uma fragrância, essa experiência sensorial fica registada na nossa consciência, num nível do nosso ser designado por manomaya kosha. (...) O Ioga lembra-nos de que a realidade é diferente em diferentes estados de consciência, ou seja, diferentes filtros dos níveis da mente.

A terceira camada do corpo subtil é o ego. No Ioga o ego designa-se por ahankara, que significa "o constructor do eu". (...) a nossa auto-imagem, a forma como queremos projectar aquilo que somos para nós próprios e para o mundo. (...) O ego procura a segurança através do controlo e tem muitas vezes uma profunda necessidade de aprovação. A maior parte do sofrimento emocional resulta de o nosso ego estar ofendido por ter constatado que algo que julgava controlar está de facto fora do seu alcance.
É fácil uma pessoa perder-se no corpo subtil, com o seu apego a papéis sociais, relações e objectos, mas Shankara encoraja-nos a irmos mais fundo. Se nos soltarmos do nosso corpo e da nossa mente, criamos a possibilidade de vivenciar um aspecto do nosso ser que está para além dos limites habituais. Trata-se do reino do espírito, a que Shankara chamou de corpo causal."
Sem comentários:
Enviar um comentário